http://www.amipao.com.br/revista/revista_marco_2015.pdf
Os desafios e a importância do planejamento no
comércio eletrônico
Para o gestor de tecnologia e proprietário da empresa
Indicca, Pedro Henriques Guimarães Filho, um dos desafios
do varejo atual é se comunicar de maneira eficiente com
o consumidor nos diversos canais de comunicação online.
Ele recomenda um planejamento antes de se lançar
ao mercado e afirma que é importante que o canal de
comunicação esteja sólido e suficientemente capacitado a
atender às demandas com agilidade.
Pedro Henriques credita uma certa desconfiança e
insegurança do empresariado no comércio on-line às
investidas malsucedidas que alguns já tiveram com
lançamento de sites entre outros. Para ele, as iniciativas já
feitas sem um estudo mais detalhado, somadas à falta de
conhecimento tecnológico, causam uma impressão negativa
do mercado on-line e reverberam de forma acentuada.
Segundo Pedro Henriques, o primeiro fator de resistência a
ser vencido pelos empresários é em relação à expectativa
de vendas em relação ao investimento inicial, que pode
variar de uma solução simples com custo anual de R$
20 mil reais a soluções complexas com valores muito
superiores a isto. Ele frisa que depois de elaborado todo o
sistema operacional, é preciso também investir em ações
de marketing digital para que a loja passe a existir de fato
na internet. É importante ter em mente que sem divulgação
a loja virtual não existe e isso também depende das mídias
que o investidor pretende empregar. Mesmo assim, Pedro
Henriques vê vantagens em relação à criação de lojas virtuais
e compara: “Diferentemente da loja física, que possui gastos
com aluguel e necessita de uma estrutura 100% completa
já na inauguração, a loja virtual permite que a complexidade
do sistema evolua pouco a pouco. Nada impende, em um
primeiro momento, que os custos possam ser assimilados
à medida que o empreendedor vai aprendendo um pouco
mais deste novo local de comércio com investimentos
menos robustos tanto na criação da loja virtual como nas
propagandas on-lines.,afirma.”
Outro ponto para o qual o gestor de tecnologia chama a
atenção é que é preciso compreender a loja virtual como
outro empreendimento, que exige planejamento próprio. A
loja virtual pode servir como um complemento à loja física,
embora tecnicamente deva ser tratada como uma outra
empresa. A gestão operacional é feita toda pelo próprio
sistema, que não precisa necessariamente ser comandado
pelo dono, é possível treinar pessoal e administrá-la sem
grandes problemas, mas não é porque está inserida no
plano virtual que a loja fica isenta de estar disponível em
horários predeterminados para se comunicar com o cliente
ou que não precisa se organizar em um local apropriado para
funcionários, computadores, etc. Qualquer loja virtual é um
novo empreendimento, que deve ser pensado e planejado
com uma estrutura própria, capacidade de logística, formas
de pagamento, além de um sistema operacional completo
que permita tirar as dúvidas do consumidor e atender a
pedidos com agilidade, respeitando prazos de entrega,
além de estar sempre atualizada com a disponibilidade de
estoque e preços.
Pedro Henriques acredita que por meio de pequenas
atitudes é possível convencer os empresários de que a
tecnologia pode atuar como um grande facilitador, não só
nos maquinários, mas também no dia a dia, de maneira
bastante funcional. Para começar a mudança, ele sugere
o uso mais abrangente do smartphone com programas
específicos, que podem ser bastante úteis para fazer
pedidos e controle de estoque, por exemplo. Movimentarse
dentro deste ambiente virtual pode ser o primeiro impulso
para conseguir uma visão mais ampla sobre uma possível
prospecção para as empresas
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