terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dicca da Indicca - Corrida de Rua é um sucesso (Valor Econômico 25/10-2011)

A INDICCA.COM mantem o esporte em alta, treinamento, participação em provas de rua e mar. Também, sempre que disponível, publica incentivos para outros praticarem esporte. A política do PANGARUNNERS (Treinar sempre, participar de provas sempre que possível, competir para levar mais amigos para a pista!)

São Paulo é mesmo uma potência, mas o esporte está crescendo em todos os lugares, principalmente na Zona da Mata Mineira, com provas de alto nível e atletas de alta performance.

http://www.valor.com.br/empresas/1066492/corrida-quase-nao-cabe-mais-em-sao-paulo

Corrida quase não cabe mais em São Paulo

Por Letícia Casado | De São Paulo

 
Vitor Salgado/Valor/Vitor Salgado/ValorGiovani Decker, vice-presidente da Asics Brasil: vendas de tênis cresceram 40% ao ano nos últimos cinco anos

O asfalto de São Paulo vira pista de corrida nos fins de semana: 2011 vai terminar com 135 competições de rua na cidade, cerca de uma dúzia a mais do que no ano passado. O número é bem maior do que as 80 corridas realizadas em 2007, e mostra a nova cara do esporte na maior metrópole do país. Há 52 domingos no ano e quase três vezes o número de provas. Em consequência, as organizadoras das corridas migram para outras cidades - como Porto Alegre, Florianópolis e Natal; enquanto os fabricantes de tênis e artigos esportivos aumentam as vendas.
Organizar uma corrida de rua sai por volta de R$ 300 mil, mas a verba movimentada pelo evento - com transmissões na TV, anúncios em jornais, prêmios em dinheiros etc - chega com facilidade na casa dos milhões de reais, segundo estimativas de empresários do setor.
As vendas das linhas de corrida das fabricantes de tênis crescem com vigor. A Asics cresce 40% ao ano, nos últimos cinco anos; a Mizuno dobrou as vendas entre 2009 e 2011; a Adidas projeta crescer 30% e a Olympikus 20% este ano em relação a 2010.
Giovani Decker, vice-presidente da Asics Brasil, diz que as vendas de outros acessórios da marca relacionados ao esporte, como roupas e relógios, devem crescer 120% neste ano sobre 2010.
Armando Santos, diretor-executivo da organizadora Corpore, diz que consegue medir o interesse pelo tema com o número de cadastros em seu site. Em 1994 havia 3 mil atletas cadastrados; em 2000 eram 25,5 mil; em 2009 foram 259 mil, e em 2010, 302 mil. Até o começo da década a Corpore atuava em São Paulo, salve uma ou outra exceção. Em 2005 foram cinco cidades; e em 2010, 12 lugares diferentes como Porto Alegre, Florianópolis e Natal.
Essa expansão é necessária, diz Santos, pois há novos "e competentes" organizadores. "São Paulo é um problema, teve número exagerado de provas". Felipe Telles, diretor da organizadora Vetor, discorda: "Acredito que esse mercado esteja longe da saturação. Realmente existem muitas corridas, mas muitas são bem pequenas, com baixa participação".
Das 135 provas na cidade este ano, 25 são organizadas pela Prefeitura de São Paulo. O governo municipal quer ampliar para 31 em 2012 e fazer ao menos um evento em cada subprefeitura, diz o secretário de Esportes, Lazer e Recreação, Bebetto Haddad. Ele diz que o custo por participante é de R$ 35: "Não é muito barato, mas [acho que] deve ser o investimento padrão [do setor]".
As provas tradicionais são pré-agendadas, mas os novos eventos dificilmente conseguem alvará para locais badalados, como o Pacaembu, na zona oeste da capital paulista. "Por mais que a gente adore, a corrida de rua interfere na vida das pessoas, tem que fechar trânsito, muda hábitos dos moradores", diz Santos, da Corpore.
O Rio de Janeiro é a segunda cidade com maior número de provas no país, mas há outros locais em alta. Para Hélio Takai, o futuro deste negócio está fora do eixo Rio-São Paulo. Ele dirige a HT Sports Marketing, cujo principal circuito está em nove capitais e dois centros urbanos: Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MT), Fortaleza (CE), Recife (PE), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Brasília (DF), Uberlândia (MG) e Ribeirão Preto (SP).
Takai estima que o Estado de São Paulo tenha cerca de 300 corridas por ano, e que "basta ver o crescimento socioeconômico" do interior para constatar que a região é forte como algumas capitais. São "mercados emergentes", diz ele, com "potencial consumidor infinito".
As empresas dizem que o brasileiro, quando vai comprar tênis para correr, pensa em amortecimento, design, maciez em detrimento da estabilidade e prefere cores vibrantes. Na Europa e Nos Estados Unidos a compra geralmente é mais técnica, com base no tipo de pisada (para dentro ou para fora) e cores neutras são mais procuradas.
Segundo a Adidas e a Asics, os testes de pisada feitos nas lojas do país mostram que mais de 70% dos resultados são de pronação (quando o pé gira mais para dentro), mas cerca de 75% das vendas são de calçados para pessoa com pisada neutra. O preço ajuda a explicar a aparente inconsistência. Um tênis simples pode sair entre R$ 100 e R$ 200, enquanto um produto mais elaborado chega na casa dos R$ 500. A Netshoes, varejista on-line de calçados e artigos esportivos, quadruplicou as vendas entre setembro de 2010 e de 2011.
Além do vestuário, outros negócios lucram com o mercado de corridas de rua. O Webrun, portal de inscrições e venda de fotografias, cresce entre 15% e 25% ao ano desde 2007, diz André Chaco, diretor comercial. O serviço de fotos foi aprimorado em 2009, diz ele, quando a Webrun desenvolveu um sistema para registrar os competidores na linha de chegada- até então os fotógrafos retratavam os atletas durante o percurso.

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